Os caminhos de Gabriel

Parte 3
Caminhando descalço pelo asfalto quente.
Como um beija-flor num vôo inocente...
Em busca da água para saciar a sede!
As dores corroem a nossa resistência.
Onde foi que perdemos as armas?
Que nos deixava sempre imunes de todo o mal!
Não há sensibilidade, se não houver inocência.
Não haverá cumplicidade onde houver displicência!
Enquanto não for possível descobrir o que se sente.
Continuarei caminhando descalço pelo asfalto quente.
Como uma águia num vôo rasante...
Em busca da presa para saciar a fome!
Quero me livrar de toda essa metodologia...
E ter a liberdade para dizer o que sinto e o que eu quero!
Deixarei o vento desplumar minhas asas...
Quero encontrar um caminho e voltar para casa.
Tristeza é como uma árvore sem frutos...
Decepção são as raízes mortas...
E a solidão é como galhos secos!
Eu vejo as crianças...
Colorindo o céu azul, com nuvens brancas!