Dizem que as grandes idéias nascem em comodos pequenos
Um poeta acreditava que numa noite qualquer,
um anjo enviado pelo poder Divino;
lhe faria uma visita
Carregando em suas mãos apenas um pergaminho
O anjo não diz sequer uma palavra
E apenas o poder daquela imagem
fez o poeta entender a mensagem
Com as mãos trêmulas, o seu lápis
escorrega pelo papel e deste risco
foram se formando as letras;
e as letras moveram-se pelo papel
compondo as palavras mas as palavras
colocadas lado a lado
não faziam nenhum sentido.
E foi de repente que o anjo
no fechar e abrir de suas asas,
espalhando-se por toda a sala.
E o vento provocado por este movimento
fizeram as palavras voarem pela casa
e em seguida cairam novamente sobre o papel.
O sorriso do poeta nem ele mesmo poderia descrever
quando um dos versos ele terminou de ler.
E quando foi agradecer, o poeta pode ver apenas
a luz que subia ao céu.
Não se contendo de felicidade...
o poeta pulando e dançando..
chacoalhou o pedaço de papel,
e quando parou para ler novamente
descobriu que as palavras haviam mudado
novamente de lugar, e até hoje o poeta guarda em segredo
e todas as vezes que ainda pode ler novamente
de todos os versos, apenas um nunca se desfez...
"Tenho medo da fé que lhe cerca;
quando sentir o medo da morte
que lhe é certa."
Donxel 2007
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